top of page
imagem conversa 04.jpg

© André Príncipe, M. no Gerês, 2014

Nesta sessão, propomos um encontro com o artista André Príncipe, cujas imagens devolvem um olhar a um tempo pensativo e extático sobre o quotidiano, sondando os seus espaços limítrofes. Fundada numa insistente prática diarística, a obra de Príncipe interroga a deriva das imagens entre a fotografia, o cinema e o livro. Com a Pierre von Kleist, editora de que é fundador e co-editor, dedica-se igualmente à exploração dessas linguagens.

 

André Príncipe (Porto, 1976) expõe regularmente desde 2004, contando-se entre as suas exposições individuais Elefante no MAAT e Non-Fiction no Centro Cultural Vila Flor (2018), Master and Everyone (2011), Smell of Tiger Precedes Tiger (2009) e Tunnels (2005), na Galeria Fernando Santos e Walls no Centro Português de Fotografia (2005). Realizou e co-realizou curtas e longas metragens, como Campo de Flamingos sem Flamingos (2013) e Traces of a Diary (com Marco Martins, 2011). Publicou nove livros: Non-Fiction (2018), You´re living for nothing now, Book 1,2,3, (2015), Tokyo Diaries, com Marco Martins (2014), Smell of Tiger Precedes Tiger (2012), Perfume do Boi (2012), I thought you knew where all of the elephants lie down (2011), Master and Everyone, (2010), todos editados pela Pierre von Kleist, e Tunnels, (Edições Booth-Clibborn, Londres, 2005).

 

 

Moderadores: Filipa Cordeiro e Maura Grimaldi

 

_____

 

 

Local: Arquivo Municipal de Lisboa – Videoteca

Data: 31 de janeiro de 2019

Horas: 18:00 – 19:30

 

 

_____

 

Memória

 

O fotógrafo, realizador e editor André Príncipe foi o convidado da quarta sessão das Conversas Foto-fílmicas, que teve lugar a 31 Janeiro, no Arquivo Municipal de Lisboa - Videoteca. A conversa foi estruturada em torno da projecção de três cenas de filmes do artista, dedicadas ao acto de fotografar. Em Traces of a Diary (2011), filme co-realizado com Marco Martins, observou-se a prática fotográfica de Daido Moriyama nas ruas de Tóquio com uma câmara de 35 mm. Em Before the Ghost House (2010), o próprio convidado é filmado a fotografar em médio formato, numa aldeia da Mongólia. Por fim, a cena de Campo de Flamingos sem Flamingos (2013) centrou-se no artista André Cepeda, que percorre com uma câmara de grande formato as ruas do Porto. A sucessiva passagem entre filmes, locais e formatos permitiu explorar diversos aspectos da obra de André Príncipe, tais como a viagem, o limiar da comunicação e a intervenção do acaso como forças-motrizes da sua prática, assim como a influência das condições de produção nas escolhas formais e a temporalidade inerente a cada formato fotográfico. Um segundo momento focou-se na itinerância das suas imagens entre os espaços do cinema, da exposição e do fotolivro, meio em que Príncipe tem desenvolvido uma relevante produção enquanto autor e co-editor da Pierre von Kleist. Durante a conversa circularam entre o público as publicações impressas do fotógrafo, que amiúde contêm imagens captadas nas mesmas viagens que motivaram os filmes. Partindo da materialidade do livro de artista, discutiu-se a questão da montagem, entre o cinema e a fotografia, e as especificidades da sua produção e recepção. A conversa permitiu, assim, abordar vários aspectos de uma produção multifacetada, em diálogo com o público.

Patrocinado por 

Logotipo-CML-2012_preto-e-verde_horiz_01
logo-navbar.png
bottom of page